Pe. Clécio Fala Sobre a Morte do Seminarista Michel

Caros Irmãos Sacerdotes, Formadores e Seminaristas. Relutei muito em escrever algo… pensei que seria melhor sofrer em silencio como em 2001 na morte do seminarista Jucélio, mas diante de tanta solidariedade, vi que não tinha este direito. O Pe. Marcelo tem razão quando disse que o formador nunca espera entregar um seminarista morto à sua familia. Sei o quanto vcs estão sofrendo e pude viver este sofrimento duplo estes dias: Primeiro porque pude desfrutar um pouco da amizade, do carinho, da simplicidade, dos serviços (sempre me conduzia ao quarto já arrumado para o descanso após as aulas, a última vez semana passada para a atualização teológica) do MICHEL, e com certeza sentirei a sua falta. Infelizmente a sua promessa de passar uns dias aqui na Paróquia nas férias não poderá ser cumprida. Segundo porque revivi os mesmos sentimentos de perda do Júcelio. Sentimentos que apesar dos 09 anos ainda continuam vivos. O formador que perde um seminarista é como um pai que perde um filho. O tempo não consegue apagar. Todavia, como em 2001 também digo hoje: diante da grandeza do Sacerdócio, se Deus não permitiu ao Jucélio e ao Michel este Dom, é porque com certeza no céu tinha algo melhor reservado para eles. Abraços e orações aos padres formadores, seminaristas, Dom Messias, parentes do Michel. Enfim a todos os que sofrem com a sua ausência. E podem ficar tranquilos a gente jamais acostuma com a falta de quem amamos, apenas aprendemos de tempo em tempo a chorar menos. Pe.Clécio