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terça-feira, 19 de abril de 2011

Hosana ao Filho de Davi!!

Desde o princípio da Quaresma vimos a preparar-nos com obras de penitência e caridade. Neste dia a Igreja recorda a entrada de Cristo, o Senhor, em Jerusalém, para consumar o seu Ministério Pascal. Por isso, em todas as Missas se comemora esta entrada do Senhor na cidade Santa: ou com a procissão, ou com a entrada solene antes da Missa principal, ou com a entrada simples antes das outras Missas.
Foi para realizar este mistério de sua morte e ressurreição que Jesus Cristo entrou na cidade de Jerusalém. Por isso recordamos com fé e devoção esta entrada triunfal na cidade santa, acompanharemos o Senhor, de modo que, participando agora na sua cruz, mereçamos um dia ter parte na sua ressurreição.
A leitura atenta da Paixão suscita uma inevitável pergunta: Quem foram os responsáveis pela morte de Jesus? Os Judeus ou os Romanos? Na morte de Jesus misturaram-se motivos políticos e religiosos, embora a responsabilidade mais direta caia, de acordo com a narração evangélica, sobre as autoridades judaicas daquele tempo e não sobre todo o povo da época.

Porém, a leitura crente do Evangelho, descobre outros responsáveis pela morte de Cristo: somos todos nós. Ele mesmo foi abatido pelas nossas iniquidades (Is 53,3). Cada um de nós pode ouvir, dirigidas a si, as palavras que o profeta Natã dirigiu a Davi quando este perguntou: quem foi o malvado que matou a única ovelha do pobrezinho. Ele responde: "Esse homem és tu!" (2 Reis, 12,7). Sim foste tu, fui eu e fomos todos, cada um dos homens. Não estão sós Judas que o atraiçõou, Pedro que o negou, Pilatos que lava as mãos, a multidão que repete: "Crucifica-o", os soldados que repartem em si as vestes do condenado, os ladrões criminosos...Estamos todos nós.

Mas não podemos ficar aqui. Sabemos não só que Jesus morreu verdadeiramente e foi sepultado. Sabemos também que ressussitou ao terceiro dia e subiu para direita do Pai. Morreu pelos nosso pecados e ressussitou pela nossa Salvação.



Desde hoje temos de olhar já para o Domingo de Páscoa. Mas para que esse olhar não seja um sentimento vazio, precisamos tomá-lo verdadeiramente a sério, ou seja, morrer pelo arrependimento e a confissão dos nosso pecados_ sobretudo dos pecados mortais_, e assim ressussitar para a vida da graça.



"Bendito o que vem em nome do Senhor!" A liturgia do Domingo de Ramos é como que um pórtico de ingresso solene para na Semana Santa, associando dois momentos entre si contrastantes: o acolhimento de Jesus em Jerusalém e o drama da Paixão; o<; Hosana!>; de festa e o grito repetido várias vezes < Crucifica-o>; a entrada triunfal e a derrota aparente da morte na Cruz. Assim, antecipa o momento em que o Messias deverá sofrer muito, será morto e ressussitará no terceiro dia (cf. Mt 16, 21), e prepara-nos para viver em plenitude o Mistério Pascal.

Portanto:" Solta gritos de júbilo, filha de Jerusalém! Eis que teu rei vem a ti" (Zc 9,9). A cidade em que vive a memória de Davi rejubila ao receber Jesus; a cidade dos profetas, muitos dos quais, nela sofreram o martírio por causa da verdade, a cidade da paz, que ao longo dos séculos conheceu a violência, a guerra e a deportação.

De certa forma, Jerusalém pode ser considerada a cidade-símbolo da humanidade. E hoje estamos em festa, por que Jesus o Rei da Paz, entra em Jerusalém.

"Verdadeiramente este homem era filho de Deus!". Ouvimos de novo a clara profissão de fé, pronunciada pelo centurião, que "o viu expirar daquela maneira". Daquele que viu, surge o testemunho surpreendente do soldade romano, o primeiro que proclamou que aquele homem crucificado "era o filho de Deus".


Senhor Jesus, também nós vimos como sofrestes e como morrestes por nós. Fiel até o extremo, tu nos libertastes da morte com a sua morte. Senhor Jesus, como o oficial romano, confesso a tua condição de Filho de Deus crucificado. Que compreendemos o verdadeiro sentido de tua Paixão e possa professar: VERDADEIRAMENTE ESTE HOMEM ERA FILHO DE DEUS! Hosana ao Filho de Davi!, Bendito que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel. Hosana nas Alturas.




Padre Bantu Mendonça

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