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segunda-feira, 12 de março de 2012

Carregou sobre si os nossos pecados

Jesus, a própria inocência e santidade, carregou os pecados de todos os homens. A Ele, que não conheceu o pecado, Deus o fez pecado por nós (2 Cor 5,21), ensina São Paulo numa frase concisa e terrível. Assumiu como se fossem seus os horrores e os erros de cada homem, de cada mulher, e ofereceu-se para pagar pessoalmente por essas dívidas. Todas: as devidas pelos pecados já cometidos, pelos pecados que se cometiam naqueles momentos, e pelos crimes e faltas que se cometeriam até o fim dos séculos. Verdadeiramente foi Ele que suportou os nossos sofrimentos e carregou as nossas dores... Pelas nossas iniquidades é que foi trespassado, pelos nossos pecados é que foi torturado. O castigo que nos trouxe a paz caiu sobre Ele, e por suas chagas fomos curados (Is 53, 4-5).
Não esqueçamos que o Senhor padeceu por cada um de nós como se fôssemos, o único homem, a única mulher sobre a face da terra. São Paulo afirma de modo contundente: “Jesus Cristo amou-me e entregou-se a si mesmo por mim” (Gal 2,20).
O sofrimento de Jesus, cada gota de sangue derramada foram devidas à agonia que Lhe produziram as nossas negações, as nossas autossuficiências. Quanto temos de agradecer-Lhe tanto sacrifício, tanta dor, com o fim de ganhar a nossa fidelidade para sempre!
Além de procurarmos quem nos possa aconselhar em nome de Deus nos momentos de dificuldade ou de crise, temos muitas outras formas de agradecer ao Senhor pelo muito que fez por nós. Hoje pode ser-lhe especialmente grato o propósito de nos confessarmos com frequência e de cuidarmos com amor de cada confissão: o exame de consciência, a dor dos pecados, a sinceridade plena à hora de confessá-los, o propósito firme de não voltar ao vomitado (2 Pe 2,22), de seguir à risca e com toda a confiança os conselhos do sacerdote... Lembremo-nos de que neste sacramento nos são aplicadas, de modo pessoal, as graças que Cristo nos alcançou com o seu sofrimento.
A confissão foi o grande presente de Páscoa que Cristo fez à sua Igreja: Recebei o Espírito Santo – disse Ele aos Apóstolos no próprio dia da Ressurreição; a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados... (Jo 20,19). Neste sacramento, é nos aplicada eficazmente a Redenção. Nele se curam as feridas, se rejuvenesce o que já estava gasto e envelhecido pelo pecado e se remedeiam todos os extravios, grandes e pequenos.
Além disso, o Senhor quis pôr este remédio ao alcance da mão, pois para recebê-lo basta-nos ser humildes, arrepender-nos, procurarmos o sacerdote que em nome de Jesus Cristo apaga as nossas faltas e pecados e nos devolve a vida.
No Sacramento da Confissão, encontramo-nos com Jesus Cristo, que se “reanima” ao ver como são eficazes em nós as suas dores e angústias. Cada vez que nos confessamos com humildade e sinceridade, alegramos o seu Coração. E Ele, por sua vez, nos enche de alegria e de amor.

Trecho do livro: A Cruz de Cristo de Francisco Fernández-Carvajal.

Fonte: http://luzdavida.org.br/

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