Falar sobre virgindade, no mundo em que vivemos, com certeza não é nada fácil, num mundo onde um corpo vale o que você pode pagar e muitas vezes não vale nada, num mundo onde sexo se tornou um negócio, se tornou um passatempo prazeroso e infelizmente crianças já se entregam a uma vida de pornografia e prostituição e o namoro é associado a uma vida sexual intensa. Pensando sobre isto, podemos imaginar a dor do coração de Deus, ao ver que corpos criados à sua imagem são tratados com tamanho desrespeito, com tanto desprezo. Onde estão os jovens que defendem a virgindade com a própria vida? Onde se escondem aqueles que aguardam o momento de se doarem da forma adequada? Onde está a castidade, outrora tão defendida? No último dia 06 de julho comemoramos o dia de Santa Maria Goretti, uma jovem de doze anos que foi brutalmente assassinada por defender sua castidade, para defender sua virgindade, talvez por entender o que cada um de nós valemos para Deus, por saber que um corpo tem uma infinidade de significados e não se reduz apenas em prazer instantâneo e sem limites. Maria Goretti é uma daquelas de quem podemos dizer, morreu por amor! Mas não por amor a si, morreu por amar a Deus e por entender seu plano para cada um de nós, morreu por reconhecer que o amor de um Deus assim não pode ser traído e morreu acima de tudo, por reconhecer que não somos donos de nós e que “tudo me é permitido, mas nem tudo me convém...”. Deus, em Seu infinito amor e bondade nos fez para a liberdade, nos fez para sermos homens e mulheres inteiros, Maria Goretti não era religiosa, não morava num convento, ela era uma jovem como qualquer outra, e seu martírio grita para todos nós, dizendo que é possível ser livre, é possível ser santo, é possível para mim e é possível para você! O sexo é algo maravilhoso, é um dom de Deus, quando feito dentro do casamento, dentro da vontade de Deus, mas quando feito a nosso modo doentio e sem freios se torna uma terrível escravidão, algo que não nos deixa respirar e nos faz ser animais, os quais não dominam os seus instintos. Jesus nos chama à plenitude do amor e da doação como Santa Maria, para isto existem milhares de novas comunidades, milhares de jovens para gritar ao mundo que são felizes por ser de Deus, por amar de forma inteira! Como é triste ver que o mundo não entende isto, como é triste ser usado, como é triste ser objeto, como é triste não ser livre. Somos chamados à liberdade e para isto é preciso luta, é preciso ter garra, para não deixar que o mundo nos confunda com suas falsas propostas, o grito de Jesus, o grito do céu inteiro, é para que sejamos santos, esta é a urgência do coração de Deus, pela castidade, pela pureza, pela verdadeira felicidade, como a própria Palavra nos revela “Bem aventurados os puros de coração, por que verão a Deus!” (Mt 5, 8) . E ver a Deus é a plena felicidade, a plena realização do coração humano.
Fonte: http://luzdavida.org.br/
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